Entrevista

INCLUSÃO É A MELHOR ALTERNATIVA SOCIAL

 

Audiodescrição: Ray Oliveira
Locução – Lunna Mara

Maria Clara Machado Israel: Cursando artes Plástica na Faculdade Dulcina – DF , Frequenta APAE-DF, desde 2015: Curso de Informática, oficina de Administração. Curso Meu Primeiro Emprego (agosto de 2015 a novembro de 2015), Curso de Teatro na Cia. de Teatro Néia e Nando, de 2010 a 2019, atuando nas peças:

*O Rei Do Show, em 2019; Legalmente Loira, em 2018;

*O Despertar Da Primavera, em 2017;

*Aurora De minha vida, em 2016;

*Ao som do Chapéu Coco, em 2013;

*O vale Encantado, em 2011;

*Os fantasmas de Scrooge, em 2010.

*Entre outras atividades como dança etc..

PodCast da Entrevista
Locução – Lunna Mara

Entrevista

Maria Clara Machado Israel

Maria de Fátima Machado Israel

Quem conhece Maria Clara Machado Israel, 29 anos, em pouco tempo se encanta e rapidamente ela passa a ser Clarinha. Eu a conheci quando comprava um relógio em uma joalheria do shopping. Mais tarde, ela seria minha aluna. Simpatia e segurança, um sorriso aberto e um olhar determinado são suas marcas.

Clarinha frequenta APAE, faz curso de informática, entrou na faculdade de Artes Plásticas e ama o teatro, trabalha e tem muitos planos para o futuro. Já fez ballet, inglês, jazz, fit dancing e matemática no Kumon. Tem bom domínio do sistema operacional Windows e navega com autonomia nas redes sociais. Além disso, é extrovertida e comunicativa, possui boa dicção e entendimento audiológico, apreende informações com facilidade e se destaca pela excelente memória. Clarinha foi estimulada de diversas formas desde cedo, sua família procurou conhecer a Síndrome de Down e a apoiou em todos os momentos na busca de possibilidades de desenvolvimento e autonomia.

SR: Como é ser mãe da Maria Clara, uma mulher de 29 anos, comunicativa, afetuosa, que gosta de trabalhar e que adquiriu autonomia em diversos setores da vida ?

Maria de Fátima Machado Israel:  Ser mãe da Maria Clara posso dizer que é um desafio atrás do outro. Ela tem muitos sonhos, quer viver muitas experiências. No entender dela, se alguém consegue fazer isso ou aquilo, por que ela não conseguiria? Muitos desses sonhos apoiamos, mesmo sabendo das barreiras que vai enfrentar, mas outros precisamos trazê-la para a realidade. Então, meu coração está sempre apertado.

SR: Quais os desafios enfrentados logo após o nascimento de Maria Clara? Com quais apoios a Fátima mãe pode contar ?

Maria de Fátima Machado Israel:  Meu conhecimento sobre síndrome de down era superficial. Assim como o do meu marido, então, nossa primeira preocupação foi procurar informações para saber exatamente o que era e como lidar com a pessoa com essa síndrome. Fizemos leituras, procuramos instituições de apoio aos indivíduos com deficiência intelectual, conversamos com médicos e famílias na mesma situação nossa, frequentamos seminários, palestras e tudo o mais que nos ajudasse a aumentar o conhecimento. Nossa família e amigos nos apoiaram e acolheram com amor e carinho desde o primeiro instante e isso foi muito importante porque, sem medo de ser feliz, já nos primeiros dias de vida apresentamos a Maria Clara para o mundo e o mundo para ela.

” Meu conhecimento sobre síndrome de down era superficial. Assim como o do meu marido, então, nossa primeira preocupação foi procurar informações para saber exatamente o que era e como lidar com a pessoa com essa síndrome.”

Maria de Fátima Israel

SR: Maria Clara fez estimulação precoce, fonoaudiologia desde os primeiros dias de vida. Você considera esses apoios fundamentais? Como eles contribuíram no desenvolvimento da sua filha ?

Maria de Fátima Machado Israel: Assim que entendemos que a pessoa com síndrome de down precisa ser estimulada desde muito cedo, levamos a Maria Clara para iniciar as atividades e exercícios em fonoaudiologia e também em fisioterapia e terapia ocupacional. Até hoje, ela ainda segue com fonoaudiologia e outras terapias. Considero esses apoios fundamentais.

Maria Clara é comunicativa, extrovertida, gosta muito de conversar, é capaz de manter um diálogo sobre qualquer assunto e considero que se expressa bem. Tem uma boa coordenação motora, é organizada, é capaz de realizar muitas tarefas em casa e cuida da sua própria higiene. Em todos os lugares que trabalhou sempre recebeu muitos elogios.

“Assim que entendemos que a pessoa com síndrome de down precisa ser estimulada desde muito cedo, levamos a Maria Clara para iniciar as atividades e exercícios em fonoaudiologia e também em fisioterapia e terapia ocupacional. Até hoje, ela ainda segue com fonoaudiologia e outras terapias. Considero esses apoios fundamentais.”

Maria de Fátima Israel

SR: Sala de Recursos Revista : Você considera a escola um dos grandes desafios na vida de Maria Clara? Conte-nos um pouco sobre o processo de alfabetização, relações sociais, autonomia, e como a escola contribuiu para o desenvolvimento global dela.

Maria de Fátima Machado Israel: A escola foi um desafio que desde cedo eu tinha certeza que valia a pena enfrentar. Não poderia desperdiçar o potencial da Maria Clara, ela sempre foi curiosa, destemida e confiante. Com 08 anos de idade foi alfabetizada. Vale ressaltar que ela sempre teve o apoio das terapias, que foram mudando de acordo com as fases do desenvolvimento.

Nossa família é muito grande, e a Maria Clara tem uma ótima relação com todos, ela é muito querida e admirada, isso ajudou muito na socialização dela, facilitou muito o convívio social fora do âmbito familiar, na escola e, atualmente, no trabalho.

SR: Sala de Recursos Revista: Maria Clara teve trajetória escolar na rede de ensino público do Distrito Federal. Qual a importância da inclusão na vida de uma pessoa com Síndrome de Down ? Ela pode contar com AEE- Atendimento Educacional Especializado? Adequações curriculares? Quais ajudas pedagógicas foram fundamentais ?

Maria de Fátima Machado Israel: A inclusão é importante tanto para a pessoa com síndrome de down quanto para todas as outras pessoas. As pessoas com síndrome de down precisam da educação escolar, elas têm capacidade para aprender a ler, escrever e muitas outras coisas e também merecem ter a oportunidade do convívio social e precisam ser vistas para serem valorizadas.

O início da escolarização da Maria Clara coincidiu com o início da implantação da escola inclusiva. Eu percebi que as escolas da rede pública estavam avançando mais rapidamente na adaptação a essa nova modalidade e havia mais professores que, acreditando na causa, estavam se especializando, então, busquei sempre as escolas inclusivas onde havia o atendimento especializado.

As salas de recursos foram fundamentais para a continuidade da escolarização da Maria Clara e de muitos outros alunos com dificuldade de aprendizagem. No contra-turno, havia aulas que reforçavam as aprendizagens e as adequações curriculares eram feitas.

O início da escolarização da Maria Clara coincidiu com o início da implantação da escola inclusiva. Eu percebi que as escolas da rede pública estavam avançando mais rapidamente na adaptação

Maria de Fátima Machado Israel:

SR: Maria Clara fez estimulação precoce, fonoaudiologia desde os primeiros dias de vida. Você considera esses apoios fundamentais? Como eles contribuíram no desenvolvimento da sua filha ?

Maria de Fátima Machado Israel: Assim que entendemos que a pessoa com síndrome de down precisa ser estimulada desde muito cedo, levamos a Maria Clara para iniciar as atividades e exercícios em fonoaudiologia e também em fisioterapia e terapia ocupacional. Até hoje, ela ainda segue com fonoaudiologia e outras terapias. Considero esses apoios fundamentais.

Maria Clara é comunicativa, extrovertida, gosta muito de conversar, é capaz de manter um diálogo sobre qualquer assunto e considero que se expressa bem. Tem uma boa coordenação motora, é organizada, é capaz de realizar muitas tarefas em casa e cuida da sua própria higiene. Em todos os lugares que trabalhou sempre recebeu muitos elogios.

Assim que entendemos que a pessoa com síndrome de down precisa ser estimulada desde muito cedo, levamos a Maria Clara para iniciar as atividades e exercícios em fonoaudiologia e também em fisioterapia e terapia ocupacional. Até hoje, ela ainda segue com fonoaudiologia e outras terapias. Considero esses apoios fundamentais.

Maria de Fátima Israel

SR: Você considera a escola um dos grandes desafios na vida de Maria Clara? Conte-nos um pouco sobre o processo de alfabetização, relações sociais, autonomia, e como a escola contribuiu para o desenvolvimento global dela.

Maria de Fátima Machado Israel:

A escola foi um desafio que desde cedo eu tinha certeza que valia a pena enfrentar. Não poderia desperdiçar o potencial da Maria Clara, ela sempre foi curiosa, destemida e confiante. Com 08 anos de idade foi alfabetizada. Vale ressaltar que ela sempre teve o apoio das terapias, que foram mudando de acordo com as fases do desenvolvimento.

Nossa família é muito grande, e a Maria Clara tem uma ótima relação com todos, ela é muito querida e admirada, isso ajudou muito na socialização dela, facilitou muito o convívio social fora do âmbito familiar, na escola e, atualmente, no trabalho.

SR:  Maria Clara teve trajetória escolar na rede de ensino público do Distrito Federal. Qual a importância da inclusão na vida de uma pessoa com Síndrome de Down ? Ela pode contar com AEE- Atendimento Educacional Especializado? Adequações curriculares? Quais ajudas pedagógicas foram fundamentais ?

Maria de Fátima Machado Israel: A inclusão é importante tanto para a pessoa com síndrome de down quanto para todas as outras pessoas. As pessoas com síndrome de down precisam da educação escolar, elas têm capacidade para aprender a ler, escrever e muitas outras coisas e também merecem ter a oportunidade do convívio social e precisam ser vistas para serem valorizadas.

O início da escolarização da Maria Clara coincidiu com o início da implantação da escola inclusiva. Eu percebi que as escolas da rede pública estavam avançando mais rapidamente na adaptação a essa nova modalidade e havia mais professores que, acreditando na causa, estavam se especializando, então, busquei sempre as escolas inclusivas onde havia o atendimento especializado.

As salas de recursos foram fundamentais para a continuidade da escolarização da Maria Clara e de muitos outros alunos com dificuldade de aprendizagem. No contra-turno, havia aulas que reforçavam as aprendizagens e as adequações curriculares eram feitas.

O início da escolarização da Maria Clara coincidiu com o início da implantação da escola inclusiva. Eu percebi que as escolas da rede pública estavam avançando mais rapidamente na adaptação

Maria de Fátima Machado Israel

SR: Como a Maria Clara se define hoje? Quem é você?

Maria Clara: Eu acho que sou uma pessoa extrovertida, legal, sonhadora. Gosto das pessoas e dos animais, como minha cachorrinha de estimação. Eu sou muito feliz. 

SR: Você já estudou inglês, fit dancing, teatro, já fez algumas terapias… Conte-nos sobre as atividades que você já fez ou ainda faz. O que te motivou a realizá-las? Qual a que você mais gosta ?

Maria Clara: Eu gostei muito de estudar inglês, aprendi muitas coisas e estava começando a falar. Gosto de dançar, mas o que mais gosto mesmo de fazer é teatro.

SR: Você atualmente está trabalhando no TRT – Tribunal Regional do Trabalho, mas sabemos que já trabalhou em outros lugares. Conte-nos um pouco sobre sua experiência profissional, onde trabalhou, como é sua relação de trabalho com os colegas, qual a importância do trabalho na sua vida.

Maria Clara: Eu já trabalhei na joalheria VIVARA, onde fiz muitas amizades. Trabalhei na Câmara dos Deputados e gostei muito dos meus chefes. Atualmente trabalho no TRT. O trabalho é importante para mim porque tenho meu dinheiro e posso fazer as coisas que gosto: ir ao restaurante, viajar e curtir a vida.

SR: Você já terminou o ensino médio, quais são os planos para o ensino superior ?

Maria Clara: Eu já fiz o vestibular e passei para Artes Plásticas, mas tranquei por causa da pandemia, quero voltar o ano que vem.

SR: Você já terminou o ensino médio, quais são os planos para o ensino superior ?

Maria Clara:Pretendo continuar trabalhando, terminar a faculdade, estudar artes cênicas para ser atriz profissional e morar sozinha.

Pretendo continuar trabalhando, terminar a faculdade, estudar artes cênicas para ser atriz profissional e morar sozinha.

Maria Clara

Similar Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support