Ana Maria Castelo Branco: Graduada em Letras e Pedagogia. É Especialista em
Leitura e Produção Textual; e também em Educação, Pobreza e Desigualdade Social. Mestre em Letras pela UFPE e Doutoranda em Ciências da Educação pela Universidade Del Sol – Unades/Paraguai. Autora de livros de literatura infantojuvenil: Organizadora de livros, revisora de artigos científicos e antologias literárias. Possui diversas publicações na área de letras, literatura e artes.
Maria Paula: é natural de Passira – PE. Professora da rede estadual de Pernambuco, escritora e Organizadora de Coletâneas e Antologias. Possui experiência em Coordenação Pedagógica e Educação Inclusiva.
RESENHA
REINVENÇÕES: VIVÊNCIAS DE QUEM TRABALHOU EM MEIO À PANDEMIA
O livro “Reinvenções: vivências de quem trabalhou em meio à pandemia” nos traz as vivências e experiências de vários profissionais que relataram como foi trabalhar no dia a dia em meio à Pandemia da Covid-19 que assolou o mundo no ano de 2020 e 2021.
Organizado por Ana Maria Castelo Branco e Maria Paula da Silva, o livro possui 182 páginas e 33 coautores de vários locais do Brasil e também do exterior. Os relatos, discorrem acerca das adequações, aprendizagens e rotinas implementadas durante o período, tendo o medo como companhia diária e demandando estratégias para lidar com essa emoção…
Durante o período em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia mundial e o lema “Fique em casa” tornou-se dominante em todas as sociedades e continentes, muitos profissionais não puderam interromper suas atividades. Em contraste com um momento de inércia, eles tiveram que reavaliar, revisar e reinventar suas práticas de trabalho. O mundo virtual invadiu as esferas profissionais e domésticas, exigindo que aqueles que não estavam familiarizados com essa realidade se atualizassem. O “lockdown” tornou-se o meio mais seguro de sobrevivência e a esperança para o fim desse pesadelo. Aulas virtuais, compras online, trabalho remoto, uso de máscaras e álcool tornaram-se parte de uma nova forma de vida, necessária para a sobrevivência. Cada indivíduo teve que se reinventar em meio à dor e ao caos, enfrentando o desconhecido e refletindo sobre diferentes formas e possibilidades. Valores, percepções e referências foram modificados, e aprendemos e crescemos com essas experiências, estabelecendo um novo modelo de educação e trabalho. A palavra “desafio” superou o medo, impulsionando-nos a enfrentar as adversidades.
Dentre os diversos profissionais que escreveram para esse livro estão professores, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de apoio pedagógico, enfermeiros e jornalistas. Assim, temos um panorama amplo das vivências e experiências, que esse período obscuro e, ao mesmo tempo, rico de novas oportunidades de aprendizagens da nossa história nos trouxe e como se deu a vida em sociedade, no trabalho, em família.
O livro vale a pena ser lido pois é composto por uma série de pequenas histórias que abordam temas como coragem, medo, mudança de hábitos, reinvenções e superações, todos relacionados à realidade pandêmica vivenciada pelos coautores. Através de uma abordagem qualitativa, as experiências compartilhadas pelos autores, buscam compreender os desafios enfrentados e os processos de adaptação e superação ocorridos. Além de ser um registro íntimo desses momentos marcantes na história da humanidade, espera-se que a obra se torne uma valiosa fonte de pesquisa para futuros estudos sobre esse período, proporcionando insights e ressignificações diante de uma realidade triste e complexa.
REFERÊNCIA
CASTELO BRANCO, SILVA e Maria Paula da. REINVENÇÕES: Vivências de quem trabalhou em meio à pandemia – 1ªed. – São João/PE. Ed. Casa de Bonecas (ECB), 2022.
Tive o prazer de escrever um dos capítulos desse livro, onde apresento uma reflexão sobre a inclusão e a parceria família/escola e equipe multidisciplinar.