Elizabeth Cristina Reis de Oliveira: Formação em Administração, especialista em Gestão de Pessoas e aposentada como Gerente de Projetos, na área de TI, do Banco de Brasília. Após a aposentadoria se graduou em Pedagogia.
A dislexia é um transtorno neurológico que afeta a habilidade de uma pessoa em ler e escrever de forma adequada. É uma condição de origem genética, o que significa que é transmitida através dos genes e pode ser observada nos primeiros anos de aprendizado da criança.
As pessoas com dislexia podem enfrentar dificuldades em decodificar as palavras, reconhecer sons e símbolos, compreender a estrutura das frases e organizar as ideias na hora da escrita. Essas dificuldades não estão relacionadas a problemas de inteligência ou falta de esforço, mas sim a diferenças no funcionamento do cérebro.
A dislexia não está relacionada a problemas de visão ou audição, nem é causada por falta de estímulo adequado ou por falhas na educação. É um transtorno específico que requer atenção e apoio especializados para que a pessoa possa desenvolver suas habilidades de leitura e escrita.
O diagnóstico da dislexia quase sempre é feito por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais da área de saúde e educação, visto que características e traços escolares apresentados por estudantes disléxicos podem ser facilmente produzidos por falhas no sistema educacional. Após o diagnóstico, é possível adotar estratégias e recursos específicos para auxiliar o indivíduo com dislexia no processo de aprendizado. Isso pode incluir o uso de materiais adaptados, técnicas de ensino diferenciadas, apoio psicopedagógico e outras intervenções específicas. Embora a dislexia possa apresentar desafios, é relevante destacar que muitas pessoas com essa condição têm habilidades e talentos excepcionais em outras áreas, como criatividade.
A conscientização sobre a dislexia é importante para promover a inclusão e evitar rótulos e preconceitos. É imperativo que a sociedade entenda que a dislexia não se compara a preguiça, muito menos tem a ver com as falhas do sistema educacional, falta de inteligência ou ainda desinteresse, mas sim uma diferença neurobiológica que requer compreensão e suporte adequado. Portanto, é essencial oferecer subsídios emocional e educacional para dislexos, ajudando-os a desenvolver suas habilidades e a alcançar seu pleno potencial. A inclusão e a valorização da diversidade são imprescindíveis para construir uma sociedade mais justa e acolhedora para todos.
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